domingo, 23 de março de 2014

Soneto para Ciência

Soneto para Ciência
De Edgar Allan Poe

Ciência! Tu és a legitima filha da antiga era
Quem tudo altera, com teu olhar aguçado
Porque caças o coração do poeta como fera,
Abutre, Cujo as asas são o verdadeiro enfado? 

Como poderia amar-te? ou julgar-te com sensatez?
Quem o impediria de seguir a sua jornada rasa
À procura, nos preciosos céus, por tesouros talvez,
Ainda que tenha ascendido com destemidas asas? 

Não tinhas tu arrancado Diana de sua carruagem?
E conduzido da floresta a Hamadriade
Afim de procurar em uma estrela mais feliz hospedagem?

Não tinhas tu arrancado do lago Náiade,
E da mata verde o Duende, e de mim
o sonho dourado sob o pé de jubaí?



Tradução - Bianca Radics
Adaptação - Diogo Aguiar






2 comentários:

  1. Diogo,
    Ontem passei o dia lendo Edgar Allan Poe. :)
    E hoje acordo para ler esta perfeição!
    Muito obrigada!
    Abraço!

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    Respostas
    1. Olá Dulce, obrigado pela visita e pela leitura. Poe é sempre muito bom de se ler. Se possuir alguma sugestão sobre algum texto para traduzirmos e postarmos aqui, estaremos aberto a isso!
      Um grande abraço!

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